Antônio de Pádua Borges

Antônio de Pádua Borges
Nascido a 11 de janeiro de 1924, natural de Brejinho - RN, filho de Luiz Tobias Borges e Ana Carmosina Borges. Suas atividades: como funcionário federal aposentado, trabalhou no Ministério da Saúde combatendo doenças endêmicas, desenvolvendo atividades em quatro estados do Nordeste brasileiro, no período de 30 anos consecutivos. Vive feliz, consciente de ter cumprido com seu dever. Quanto a poesia, considera um pergaminho, uma dádiva de Deus. Escreve cordéis e já participou de várias antologias literárias quais sejam: Templos Tempos Diversos no ano de 1995, Trairí em versos no ano de 1997, Santa Cruz Prosa em Cruz e Versos no ano de 2004 e Cantos e Contos do Trairí no ano de 2008. Em outubro de 2001, publicou seu primeiro livro "Sonetos e Poemas Diversos". Participou dos concursos: Talento da Maturidade, XVII Concurso Nacional de Poesia de Brasília, dos concursos do Projeto Arte na Praça, em Macau. Tem certificados da Associação dos Moradores da Vila de Ponta Negra, Natal RN, de Honra ao Mérito do Rotary Clube de Santa Cruz RN, como melhor profissional na área de atuação no ano de 2000. Poeta, Escritor e ex presidente da ASPE.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Vida do Jumento



Jumento, meu velho amigo,                                         
Não vejo como consigo...
Demonstrar o teu valor,
Animal interessante...
Você é muito importante...
No sertão de cacto e de flor.

Jumento bom companheiro,
Que nasce no tabuleiro...
e lá no mesmo se cria...
Eu lamento a tua sorte,
O maio escravo do norte...
Coitado sem garantia.

Jumento meu camarada,
Que fizestes açude e estrada...
você tem muita importância,
Porém vive desprezado...
Da cangalha todo chagado...
Por efeito da ignorância.

Jumento pobre inocente,
Que sofre constantemente...
Em tudo abandonado...
Eu sou igual a você,
Sou obrigado a dizer,
Muito embora censurado.

Jumento que tanto padece,
Você muito se parece...
Com o mísero servidor,
O teu viver indesejado...
É igual a aposentado.
Pagando conta de Quem roubou.

Agora pra terminar,
Deixo o jumento pra lá,
Sofrendo sem proteção...
Vamos ficar vigilantes,
E responder os mandantes.
Basta de humilhação.


Antonio de Pádua Borges
Livro Sonetos e Poemas Diversos

Nenhum comentário:

Postar um comentário